Apesar de novos desafios, como a mudança de governo e alta da Selic, o ano de 2023 carrega expectativas de preços freados e um consumidor cada vez mais prudente.
O mercado imobiliário foi um dos setores a manter grande resiliência frente às dificuldades da pandemia.
Com a retomada do trabalho presencial, ainda que em um modelo híbrido, os grandes centros voltaram a um cotidiano mais agitado, assim como ao aumento do número de ofertas culturais e de lazer, além das escolas de referência para os filhos.
Segundo a Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (ABRAINC), mais de 60% dos empreendedores imobiliários esperam que 2023 seja melhor que 2022.
Listamos 3 tendências que se confirmam no mercado imobiliário neste ano, segundo a revista Casa e Jardim, para que imobiliárias, compradores e incorporadoras possam se preparar ainda mais!
1. Locação de imóveis
Para Robinson Silva, sócio diretor do GRI Club Real Estate – um clube de networking para líderes à frente do mercado Real Estate – a locação de imóveis será uma grande tendência para este ano.
Segundo ele, apesar de o modelo em si não ser nenhuma novidade no setor, tem potencial de grande procura por parte de gerações mais jovens, como os Millennials e a Geração Z. Robinson diz que o desejo do imóvel próprio diminuiu relativamente aos últimos anos, por conta de uma maior consciência sobre onde e por que investir: “um imóvel gera custos de manutenção, IPTU, venda…”, além disso, o sócio explica que a maleabilidade do modelo também agrega pontos na escolha.
“A locação de imóveis acaba trazendo também uma flexibilidade, tanto de região quanto empreendimentos com mobília, eletrodomésticos, eletrônicos, entre outras comodidades.”
Os números de casamentos e divórcios também pedem uma demanda por moradias rápidas, explica. Sem contar o déficit habitacional, onde o sonho do imóvel próprio permanece nos planos de compradores, mas ainda ofuscado por questões de renda.
2. Imóveis novos
Nathan Varda é head da Propdo, proptech israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão no segmento imobiliário, e oferece uma visão otimista para imóveis novos frente à diminuição de vendas no geral. Levantamentos da própria startup indicam que, nos primeiros seis meses de 2022, houve um aumento de 10% nas vendas de novas unidades imobiliárias se comparado ao mesmo período de 2021.
Já os imóveis de segunda mão registraram queda de 2% no mesmo período. “O que estamos prevendo é que, no geral, as vendas serão menores, mas entre as opções disponíveis no mercado, teremos um percentual maior de negócios com imóveis novos e menor com casas e apartamentos de segunda mão”, afirma. Ele explica a lógica por trás do fenômeno pelo fato em que a compra de um imóvel próprio é um investimento, muitas vezes, feito apenas uma vez na vida, e por ser importante, as pessoas aspiram comprar algo novo e onde planejam passar muitos anos.
Outro ponto apresentado diz respeito às preferências em relação aos projetos dos imóveis. “O jeito que arquitetos desenhavam prédios nas décadas de 1970, 1980 e 1990 não necessariamente se encaixam nas necessidades atuais. Por exemplo, hoje temos muito mais pessoas solteiras e casais divorciados, isso significa que existe mais demanda por apartamentos pequenos”.
Ele ainda traz alguns exemplos claros da previsão: “em Pinheiros [bairro nobre de São Paulo], os novos apartamentos são, em média, 25% mais caros do que os de segunda mão, R$ 18.000 e R$ 14.000 respectivamente. Enquanto imóveis novos no Jardim Paulista estão com preço médio do m² por volta de R$ 27.000, o preço médio do m² para apartamentos de segunda mão com o mesmo tamanho é de R$ 14.000 – quase metade do valor”.
3. Multifamily
Além do que já é familiar no mercado interno, Robinson apresenta um conceito que migrou dos Estados Unidos e se destaca na tomada de decisões do brasileiro.
O sócio diretor do GRI Club explica que propriedades Multifamily são desenvolvidas por um investidor ou incorporador que visa a receita através da locação, e não da venda, de propriedades.
Outra característica do modelo é possuir uma aparência de complexo (semelhante a casas geminadas), onde existe mais de uma unidade habitacional na mesma edificação, geridos por um único proprietário.
Este modelo de empreendimentos, segundo ele, é relativamente recente no Brasil e surgiu por volta de 2018/2019. “Hoje nós temos um cenário onde há investimento institucional, com grandes gestoras de fundos colocando capital neste tipo de empreendimento no Brasil”. Robinson pontua que São Paulo é pioneiro no país quando se trata de Multifamily, por apresentar maior demanda.
Ele pontua, entretanto, que propriedades Multifamily não necessariamente serão mais baratas, e que o seu valor no mercado é ditado pela facilidade de contratação – onde é possível, de um dia para o outro, mudar-se para um local mobiliado e equipado através de contratos mensais e sem garantia de fiador.
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Além dessas tendências a qualidade de vida, belíssimas praias e a infraestrutura completa e bastante atrativa fazem com que as pessoas procurem os seus imóveis dos sonhos na Dubai Brasileira.
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