Na busca pelo imóvel próprio, uma dúvida comum é sobre consórcio ou financiamento de imóveis
Comprar um imóvel é um investimento de alto custo, que requer um bom planejamento financeiro.
Pensar na melhor forma de pagar é o primeiro passo, visto que o mercado imobiliário oferece algumas possibilidades de crédito.
A verdade é que a maioria das pessoas fica em dúvida sobre qual modalidade escolher, entre consórcio ou financiamento de imóveis.
E, antes de tomar uma decisão, é importante conhecer bem cada uma das opções e suas particularidades.
Como funciona o consórcio?
A própria palavra consórcio veio do latim e significa associação, parceria ou sociedade. Ou seja, um grupo de pessoas que se une em prol de algo em comum, neste caso a compra de um bem específico.
Essas pessoas se organizam através de uma administradora, que estipula uma cota a ser paga, todo mês, por consorciado.
Neste caso, o valor total das contribuições recolhidas todo o mês pela administradora deve ser o suficiente para a aquisição de um imóvel por mês, de acordo com as cláusulas de cada contrato.
Porém já existem consórcios que reúnem um grande número de cotistas fazendo possível contemplar de dois a até cinco participantes.
Como funciona a escolha dos cotistas?
Para que não haja benefícios entre uma pessoa e outra, a administradora realiza sorteios mensais onde premia, no mínimo, um consorciado que receberá sua carta de crédito, que nada mais é que a quantia estabelecida em contrato.
Vale lembrar que o contemplado deverá continuar pagando suas cotas, todos os meses, até que todos os participantes do grupo recebam seu crédito.
Além dessa contemplação por sorteio, existe ainda a possibilidade de antecipar o recebimento da carta de crédito, por meio do que chamamos de de lances, que são valores proporcionais a uma parte do bem.
Os percentuais podem variar de acordo com as regras estipuladas pela administradora do consórcio.
No lance livre, o cotista tem a liberdade de definir o percentual que deseja oferecer., porém para ser contemplado, seu lance deverá ser o maior do grupo.
Enquanto no lance fixo a administradora estabelece um percentual que o cotista deverá pagar da totalidade do crédito para obter a carta. Todos esses acordos são definidos previamente em contrato.
Para entrar no consórcio, em muitos casos não é necessário passar por avaliação de crédito e nem comprovar renda. Depois de ser contemplado, o beneficiário se torna devedor do restante do valor e então a análise de crédito é realizada.
Vantagens do consórcio
Agora que você já sabe como funciona o consórcio, é importante pesar os prós e os contras dessa forma de investimento.
Uma das principais vantagens é não precisar dar uma entrada, pois essa modalidade não requer essa taxa na negociação e o imóvel é 100 % parcelado. O comprador paga a primeira parcela na assinatura do contrato.
Além disso, diferente dos demais financiamentos, nessa modalidade, não há taxa de juros. Porém existem outras taxas que são cobradas.
A burocracia é menor e o processo ocorre de forma rápida e simples com uma análise de crédito rápida e simplificada..
Outra vantagem é escolher o tipo de crédito que se ajusta à sua renda, pois a carta de crédito pode ser tanto do valor total ou parcial do imóvel.
Por fim, é possível escolher prazo e valor que mais se encaixam ao seu orçamento e ainda usar o FGTS.
Desvantagens do consórcio
Como falamos, apesar de não existir cobrança de juros, existe uma taxa administrativa, que pode variar de uma administradora para outra. Existem ainda outras taxas como fundo de reserva, seguro e taxa de adesão.
Outra desvantagem é que não existe a opção de desistir, ou você deverá pagar uma multa por desistência do consórcio imobiliário.
Isso acontece porque todos os envolvidos fazem um acordo coletivo e, quando uma pessoa desiste, nem sempre recebe a totalidade do que já investiu de volta. Alguns contratos preveem a devolução do montante apenas ao final do contrato.
Para conseguir a linha de crédito precisa de um pouco de sorte, pois essa modalidade tem lances em sorteio e a posse do imóvel pode demorar.
Como funciona o financiamento bancário?
Mais comum que o consórcio, o financiamento imobiliário é uma modalidade que permite a compra parcelada de um imóvel.
Pode ser feita através de bancos públicos ou privados, morando no Brasil ou no exterior.
O financiamento é feito através de uma liberação de recursos, por parte de uma instituição financeira, mediante uma análise prévia de crédito e algumas exigências cadastrais.
Quem contrata o financiamento recebe o imóvel e assume o financiamento, que nada mais é que um empréstimo, que será quitado ao longo dos anos, por meio de parcelas mensais com o valor estipulado previamente.
A proposta de financiamento é analisada pelo banco e ele então disponibiliza os recursos, de acordo com o perfil financeiro de cada cliente.
As parcelas podem ser ainda decrescentes ou estáveis, conforme estipulado no contrato.
Vantagens do financiamento
Assim como o consórcio, o financiamento também possui vantagens e desvantagens. Por isso é importante analisar antes de escolher entre consórcio ou financiamento de imóveis.
A maior vantagem é a imediata utilização do imóvel e a possibilidade de utilizar o FGTS para amortizar as parcelas.
Além disso, é uma forma segura de comprar um imóvel pois tem garantias e seguros que fazem parte do contrato.
Desvantagens do financiamento
O que mais implica na escolha do financiamento são as altas taxas de juros. Apesar das parcelas serem fixas ou decrescentes, em alguns casos, as taxas de juros embutidas são bem significativas.
Outro ponto é a burocracia, pois é uma modalidade que envolve exigência de vários documentos para a aprovação do crédito.
Existe ainda o risco maior de perder o bem caso o investidor não pague suas parcelas e a chance de ficar com o nome sujo, pois algumas parcelas em atraso já podem ser suficientes para comprometer o nome do investidor.
Qual a melhor opção?
Como você pode ver neste artigo, escolher entre consórcio ou financiamento de imóveis depende de uma série de fatores que devem ser avaliados por quem deseja comprar um imóvel.
Não existe uma resposta correta, pois cabe a cada um fazer uma análise de seu perfil financeiro e saber sobre suas reais condições.
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